Saúde da Mulher

Câncer de colo do útero: cuidados para evitar

médica atendendo paciente na clínica sim e explicando sobre câncer de colo do útero

Segundo dados de especialistas em ginecologia e oncologia, divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA),  o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, sendo a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de mama e colorretal.

Descubra agora no nosso artigo o que é esse câncer, quais são os sintomas e quais são os cuidados que você pode tomar para evitar.

O que é o câncer de colo do útero?

O câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é um tipo de câncer que se desenvolve nas células do colo do útero, a parte inferior do útero que se projeta para a vagina. Esse tipo de câncer é causado principalmente pelo HPV, o papilomavírus humano, podendo se manifestar através de verrugas na mucosa da vagina, do ânus, da laringe e do esôfago, ser assintomático ou causar lesões detectadas por exames complementares.

Como surge o câncer de colo do útero 

O HPV é transmitido principalmente por contato sexual. Fatores de risco incluem tabagismo, sistema imunológico enfraquecido, uso prolongado de contraceptivos orais e histórico familiar.

A vacinação contra o HPV é uma medida preventiva importante. Além disso, exames de rastreamento regulares, como o teste de Papanicolau, são fundamentais para a detecção precoce do câncer de colo do útero. Consultar um profissional de saúde é crucial para discutir a prevenção, realizar exames e receber orientações personalizadas.

Estágios do câncer de colo do útero

Esse câncer é geralmente classificado em estágios que indicam a extensão da doença. Os estágios comuns incluem:

Estágio 0 (Carcinoma in situ): As células anormais estão presentes apenas na camada superficial do colo do útero.

Estágio I: O câncer está presente apenas no colo do útero.

Estágio II: O câncer se espalhou para áreas próximas ao colo do útero, como a parte superior da vagina.

Estágio III: O câncer se espalhou para a parede pélvica ou para a parte inferior da vagina.

Estágio IV: O câncer se espalhou para outras partes do corpo além da área pélvica.

Existe um primeiro sinal do câncer?

O câncer de colo do útero geralmente não apresenta sintomas nas fases iniciais. Exames de rastreamento, como o teste de Papanicolau (Pap) e a detecção do HPV, são essenciais para a identificação precoce da doença.

Sintomas do câncer no colo do útero

À medida que o câncer de colo do útero avança, podem ocorrer sintomas, incluindo:

Sangramento Vaginal Anormal: Sangramento entre os períodos menstruais, após a relação sexual ou após a menopausa.

Dor durante o Sexo: Dor ou desconforto durante a relação sexual.

Descarga Vaginal Anormal: Secreção vaginal que pode ser aquosa, com odor desagradável ou com sangue.

Dor Pélvica: Dor na área pélvica, especialmente durante atividades como urinar ou ter relações sexuais.

Sintomas do estágio avançado

Nos estágios avançados, o câncer de colo do útero pode causar:

Problemas Renais: Obstrução dos ureteres pode levar a problemas renais.

Inchaço das Pernas: Devido à pressão nos vasos sanguíneos.

Problemas Urinários e Intestinais: Incluindo dificuldade para urinar ou evacuar.

Como prevenir o câncer de colo do útero?

Quando se trata de câncer, algumas ações preventivas podem ser feitas para evitar esse e outros tipos. Essas medidas que fazem parte do grupo chamadas de prevenção primária, como, por exemplo, manter uma alimentação saudável, não fumar, fazer exercícios físicos regularmente e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

Estas atitudes preventivas para evitar o surgimento da doença e diagnosticar precocemente são as alternativas mais benéficas para conseguir êxito no tratamento. No caso do câncer de colo de útero não é diferente, entretanto, existem medidas mais especificas que devem ser usadas, essas ações são chamadas de prevenção secundária.

O principal objetivo das ações da prevenção secundária é identificar e tratar doenças pré-malignas ou cânceres assintomáticos iniciais. Tais medidas estão relacionadas à diminuição do risco de contágio pelo papilomavírus humano (HPV), tal vírus tem a transmissão por via sexual, através de lesões microscópicas causadas por atrito na mucosa ou na pele da região anogenital. Sendo assim, o uso de preservativos (camisinha) durante as relações sexuais com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer através do contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.

A forma mais eficaz de prevenção é a vacina contra o HPV, sendo mais eficaz se aplicada antes do início da vida sexual. Em 2014, o Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal a vacina tetravalente contra o HPV para meninas e, em 2017, para meninos. A vacina resguarda contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos desse tipo de câncer.

Além das vacinas, pode ser feito o monitoramento da doença por meio do exame de Papanicolaou, que é o procedimento médico realizado por um ginecologista utilizado para coletar células do colo de útero que irão ser analisadas para identificação de câncer ou pré-câncer, amostras do exame também podem ser utilizadas para verificar a existência do HPV. Conforme orientações do Ministério da Saúde, a realização do exame de Papanicolaou prioriza o grupo etário de 25 a 64 anos, devendo ser feito uma vez ao ano e, se o resultado for negativo por 2 anos consecutivos, especialistas em ginecologia informam que pode-se passar a fazer apenas de 3 em 3 anos.

É importante destacar que a consulta ao ginecologista deverá ser feita regularmente, bem como o monitoramento de outras doenças como o câncer de mama são de suma importância, em especial após os 40 anos. Aqui na Clínica SiM você encontra profissionais especializados em mastologia e ginecologia, marque sua consulta aqui.