Gravidez e Bebês

Álcool durante a gestação: entenda como não combina

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Álcool durante a gestação é um assunto delicado. Para muitas mulheres pode ser bastante difícil passar nove meses sem tomar uma cerveja, um drink ou um copo de vinho durante os encontros sociais. Mas é bom saber que autoridades em saúde de todo o mundo e pesquisas recentes têm apontado os malefícios do álcool para o desenvolvimento do bebê.

A recomendação é parar de beber antes mesmo de engravidar, para evitar prejuízos à fertilidade e reduzir os riscos de passar da conta antes de saber do resultado positivo.

Neste artigo, vamos falar dos principais riscos do consumo de álcool durante a gestação para o bebê dentro do útero e após o nascimento. Confira!

Não há quantidade segura do uso do álcool durante a gestação

A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam que mulheres grávidas não ingiram bebidas alcoólicas durante os nove meses. Alguns médicos são mais flexíveis e liberam pequenas doses.

No entanto, não há estudos que indiquem uma quantidade segura do consumo de álcool para a saúde do feto. Por isso, o melhor é mesmo evitar complicações para seu filho e não beber nenhum tipo de bebida alcoólica durante a gravidez e a amamentação.

O álcool passa facilmente pela placenta

A placenta não retém o álcool, o que significa que ele vai passar diretamente para o feto em formação. E o que agrava ainda mais a situação é que o fígado do bebê leva duas vezes mais tempo que o corpo materno para processar o álcool, aumentando ainda mais os riscos de malformações.

O álcool eleva os riscos de prematuridade e morte fetal

As mulheres que ingerem álcool durante a gravidez têm mais chances de terem um parto prematuro, sofrerem um aborto ou seus bebês morrerem nos primeiros dias de vida.

Segundo o estudo “Efeitos do álcool na gestante, no feto e no recém-nascido”, da Sociedade de Pediatria de São Paulo, um dos primeiros alertas sobre os riscos do álcool na gestação datam do século 18, quando houve um grande crescimento no consumo de gin no Reino Unido, o que elevou a níveis preocupantes as taxas de mortalidade perinatal.

Recentemente, o governo britânico, que antes liberava pequenos drinks na gravidez, passou a recomendar às mulheres grávidas a abstinência total de álcool.

Consumir álcool durante a gestação pode causar a Síndrome Alcoólica Fetal

A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) é uma das consequências mais graves do consumo de álcool na gestação. É doença que mais compromete o desenvolvimento neuropsiquiátrico de crianças que a mãe bebeu durante a gravidez.

Crianças que nascem com SAF apresentam graves doenças neurológicas, uma vez que o cérebro é mais vulnerável à ação do álcool.

Os bebês podem apresentar, por um período ou ao longo de toda a vida, atrasos no desenvolvimento físico e mental, distúrbios de comportamento, como agressividade e hiperatividade, dificuldades de concentração, audição e linguagem, além de malformações cardíacas e na face, entre outros problemas de saúde.

Os efeitos do álcool podem se manifestar após o crescimento da criança

Nem todos os bebês que foram expostos ao álcool ainda no útero vão desenvolver a Síndrome Alcoólica Fetal ou algum outro distúrbio relacionado à bebida. No entanto, em alguns casos, os sintomas da SAF e de outras desordens só vão se manifestar quando a criança estiver mais crescida e começar a apresentar dificuldades comportamentais.

Outro efeito grave da bebida sobre esses bebês, é que eles têm, ainda, mais riscos de se tornarem dependentes de álcool e outras drogas na adolescência e vida adulta.

Proteja seu filho! Evite o consumo de álcool durante a gestação. Se você tem dificuldades para se abster das bebidas alcoólicas, converse com seu médico e busque ajuda para que esse momento seja o mais saudável para você e seu bebê.

Quer saber mais sobre outros assuntos polêmicos da gestação? Leia também nosso artigo Sexo na gravidez: mitos e tabus.