Outubro Rosa: o câncer de mama durante a gravidez ou amamentação
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A campanha “Outubro Rosa” tem o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Criada na década de 90, pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, dos Estados Unidos, a ideia de um mês dedicado aos cuidados com as mamas logo se espalhou pelo mundo.
No Brasil a mobilização foi adotada em 2010. Desde então, outubro recebe ações especiais de conscientização e estímulo para que as mulheres façam a mamografia e estejam atentas à saúde de suas mamas.
Neste post, vamos falar um pouco mais sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e explicar, em particular, como essa doença afeta as mulheres durante a gestação e a amamentação. Confira!
Câncer de mama é o mais comum entre as mulheres
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres em todo o mundo, sendo responsável por cerca de 25% dos diagnósticos de tumores malignos. É uma doença que também acomete os homens, mas é mais raro neles e representa apenas 1% dos casos de câncer na população masculina.
Segundo dados do INCA, em 2016, a expectativa é que surjam 57.960 novos casos de câncer de mama no Brasil. Até 2013, foram registradas 14.388 mortes por câncer de mama no país, sendo 14.206 de mulheres e 181 de homens.
A importância do diagnóstico precoce
O câncer de mama é muito raro em mulheres com menos de 35 anos. No entanto, a partir dessa idade, os riscos de desenvolver a doença crescem significativamente. Quando detectado em seus estágios iniciais, as chances de cura da doença chegam a 90%. Por isso, a importância da realização da mamografia e a consulta anual com o ginecologista para o exame clínico das mamas.
Quando fazer a mamografia
O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia seja feita a cada dois anos, a partir dos 50 anos. Em mulheres com risco aumentado o exame deve ser feito a partir dos 40 anos. Mas todas as mulheres, em qualquer idade, devem ficar atentas às mudanças em suas mamas.
O autoexame é importante para que a mulher conheça seu corpo e identifique sinais de anormalidade nos seios, como caroços (nódulos) nas mamas e/ou próximo às axilas, deformação ou vazamento de líquido nos mamilos (bico do peito), aspecto de casca de laranja nos seios, etc. Mas atenção! O autoexame não substitui a consulta ao ginecologista e nem o exame de mamografia!
Câncer de mama e gestação
Ter filhos é um fator de proteção contra o câncer de mama. A gestação faz com que as glândulas mamárias fiquem menos expostas às ações dos hormônios estrogênio e progesterona.
A maior exposição a esses hormônios é um dos fatores indicados como responsáveis pelo aumento dos casos nas mulheres modernas. Mulheres que não tiveram filhos ou engravidaram após os 40 anos têm risco três vezes maior de desenvolver a doença.
Gestação após o câncer de mama
Mulheres que passaram pelo tratamento contra o câncer de mama podem engravidar. No entanto, a gravidez deve ser cuidadosamente planejada junto com seus médicos para que eles a orientem sobre os impactos do tratamento na fertilidade, efeitos colaterais, riscos da gestação, etc.
Em alguns casos será possível engravidar dois anos após o término do tratamento. Em outros, será necessário aguardar até cinco anos, especialmente se a mulher ainda estiver em uso do medicamento Tamoxifeno, que traz riscos de malformação para o bebê.
Câncer de mama e amamentação
A amamentação é um fator de proteção para as mulheres contra o câncer de mama, pois reduz a interferência dos hormônios que podem causar a doença.
O tratamento contra o câncer de mama pode comprometer a amamentação, pois os tratamentos cirúrgicos e de radioterapia podem danificar os ductos mamários, dificultando ou mesmo impossibilitando a produção de leite. O desenvolvimento da mama durante a gravidez também fica comprometido.
No entanto, mulheres que tiveram câncer em apenas uma das mamas podem amamentar através da mama saudável. Se essa mama não tiver passado por nenhum procedimento vai produzir leite normalmente.
Mantenha suas consultas ao ginecologista em dia, cuide bem da sua saúde e não apenas durante o Outubro Rosa. Além da mamografia para prevenção ao câncer de mama, confira os 7 exames periódicos que toda mulher precisa fazer.